Desapegar é preciso

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Hoje temos mais um texto fantástico da Taís Amaral, nossa consultora de carreira que escreve mensalmente aqui para o Blog.

Preciso confessar para vocês que todo início de mês fico ansiosa esperando qual será o próximo texto. Sou seguidora fiel (risos). Isso porque dou total liberdade para escrever o texto que achar importante e dentro do contexto do Blog, afinal, não convidamos alguém que não confiamos, não é mesmo?

O texto desse mês refere-se ao desapego no mercado de trabalho e porque ele é preciso. Adorei a frase: “O principal aqui é nos esforçarmos para termos opções. Garanto que a angústia de escolher e de desapegar não será pior que a angústia de não ter opção.” e concordo plenamente!

Taís, parabéns novamente! Sucesso sempre!

Desapegar no mercado de trabalho é realmente preciso?

Ouvimos falar sobre o desapego quase que em tempo integral…

Ouvimos dos nossos pais que precisamos nos desapegar do ensino médio porque a Faculdade será a melhor fase da vida.

Ouvimos dos nossos parceiros/amigos que devemos nos desapegar de hábitos passados para que a nova experiência seja, de fato, feliz.

Ouvimos dos nossos filhos que devemos nos desapegar de certas regras que não se aplicam para a nossa realidade atual…

Enfim, estamos sempre em busca deste tal desapego e ficamos angustiados!

Quando olhamos pra nossa vida profissional, o desapego vem cheio de expectativas e medos. Desde o momento em que somos “obrigados” a escolher o que queremos ser para o “resto das nossas vidas” a luz do desapego começa a piscar em nossas cabeças… Mas isso não pára por aí.

Ao atender pessoas que já atuam no mercado de trabalho e que pretendem trocar de carreira ou que querem aceitar uma nova oportunidade, lá estão elas angustiadas… E por quê? Adivinhem? Medo de desapegar… Medo de perder o status atual, medo de mudar de “sobrenome”.

Para algumas pessoas, trabalhar em determinado local vira uma marca pessoal. Exemplo: “Eu sou o José, gerente financeiro da Nestlé”. Não ser mais o funcionário da Nestlé poderá virar um problema, como se o indivíduo deixasse de ser quem ele é, mesmo que esteja infeliz na atual ocupação.

O principal ponto aqui é lembrar que “estamos” e não que “somos” gerentes, analistas, estagiários, estudantes, etc. Somos mais do que isso! Temos nossas habilidades, nossas competências e é isso que nos faz estar em determinado papel.

Olhando assim parece que as escolhas ficarão mais leves, né? E é esse o objetivo!

A verdade é que para fazermos escolhas assertivas temos de analisar todos os pontos, ouvir nossa intuição e acreditar que tudo isso acontecerá para nossa evolução. Óbvio que sem esquecer de se planejar para arcar com todas as consequências disso.

Mas, e se não der certo? E se o meu filho não se adaptar a nova escola? E se eu aceitar uma nova proposta de trabalho e não me acostumar com a cultura daquela organização? Diante disso, o máximo que poderá acontecer, é ter de escolher de novo! E sabe qual é o problema disso? Nenhum.

O principal aqui é nos esforçarmos para termos opções. Garanto que a angústia de escolher e de desapegar não será pior que a angústia de não ter opção.

Obrigada pelo carinho e atenção de sempre. Até abril.

 

Foto TaísTaís Amaral
Psicologa, atua como Orientadora de Carreira em escritório particular e para alunos dos cursos da Pós e MBA da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Um dia pensou em fazer Artes Cênicas na Faculdade, mas, por fim, escolheu cursar Psicologia e se encontrou, definitivamente, num curso de Especialização em Analise Psicodramática. A realização profissional vem das histórias que ouve de cada um dos seus clientes. Contato: tais.rhamaral@hotmail.com.

 

 

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