Como ajudar seu filho a se alimentar melhor por Beth Soares

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Uma das coisas que mais leio e ouço no aqui no Blog é relato de pais e mães informando que os filhos não se alimentam bem, só gostam de alimentos pouco nutritivos e rejeitam muita coisa. Mas, como ajudar seu filho a se alimentar melhor?

Pensando nisto, convidei uma mãe super especial para compartilhar conosco sua experiência: a Beth conseguiu reverter este quadro com seu filho através das lancheiras escolares e, agora com 8 anos, o Matheus come muito mais coisas e melhorou muito sua seletividade.

Vamos aprender com ela?

#1 Quem é a Beth (além de mãe do Matheus 🙂 )

Sou Elizabeth Soares, a Beth, como me chamam. Tenho 38 anos, sou leonina, paraibana, formada em Arquitetura e Urbanismo, mas exercendo a função de bancária há 12 anos.  Sou mãe do Matheus, de 8 anos, e diariamente posto no IG Lanchinhos do Matheus, seus lanches escolares, que faço com muito amor e carinho.

Nasci e morei até os meus 23 anos em João Pessoa-PB, quando conheci meu esposo na internet, numa sala de bate-papo, e literalmente larguei tudo e fui morar com ele no Rio de Janeiro. Vivi no Rio por 5 anos. Lá me casei, passei no concurso do Banco do Brasil e engravidei do Matheus.

A notícia da gravidez veio no momento em que consegui minha transferência para Natal-RN, cidade que fica a 180km de João Pessoa. Estava muito feliz com essa mudança, voltar a morar no nordeste, próximo aos meus familiares, era algo que desejava muito. E assim que soube da gravidez, que não foi planejada, fiquei ainda mais feliz.

Meu esposo deixou o trabalho dele no Rio e veio, sem emprego, pra Natal. Morar no nordeste também era algo que ele desejava, apesar de sentir muita falta do Rio, aqui ele passou num concurso e firmamos nossas vidas em terras potiguares.

#2 A gravidez

Meu início de gravidez foi um pouco complicado, pois logo nas primeiras semanas tive um pequeno sangramento: um descolamento de placenta me deixou de repouso e com tratamento específico poucos dias antes da minha viagem pra Natal.

Superado o susto, tive uma gravidez tranquila. Fiquei na casa de parentes da minha mãe e tive todo apoio necessário enquanto procurava um apartamento para morar. Depois de conseguir um apartamento, meu esposo veio para Natal e iniciamos nossa vida aqui.

Matheus nasceu de uma cesária, com 40 semanas e 3 dias. Desde a maternidade sempre mamou e tomou complemento. Até os dois meses e meio, Matheus sofreu muito com os desconfortos do refluxo. Quando descobrimos e iniciamos o tratamento adequado, ele passou a descansar melhor e a viver melhor também.

Até os 5 meses dele minha mãe morou comigo e sempre me deu todo apoio necessário. Com a volta ao trabalho, Matheus passou a ficar em tempo integral na escolinha e minha mãe retornou a João Pessoa.

#3 Fase escolar do Matheus

Na escolinha eles cuidavam de toda alimentação das crianças. Praticamente, a introdução alimentar do Matheus foi iniciada lá. Eles ofereciam o lanche da manhã, o almoço, o lanche da tarde e a ceia. E assim foi até o final da Educação Infantil.

Eu me preocupava com a alimentação dele apenas nos finais de semana.

Por estar acostumado com a comida da escola, ele aceitava bem meus lanches, mas os almoços sempre foram um problema. Várias e várias vezes fazia as papinhas e sempre ele as rejeitava.

Nos dois primeiros anos de vida, nos finais de semana, recorri às papinhas industrializadas. Só existia um sabor que ele aceitava, que era de frango com hortaliças e assim fui seguindo. Como sabia que durante toda a semana ele se alimentava direitinho na escola, não encanava muito nos finais de semana.

#3 A mudança de paladar e hábitos

Porém, mesmo na escola, ao longo do tempo, ele foi desenvolvendo uma seletividade alimentar e deixou de comer tudo o que era oferecido.

Aos 5 anos mudou de escola fazendo questão de comer arroz e feijão no almoço e amava suco de goiaba e maracujá.

Optamos por uma escola que também oferecesse tempo integral no ensino fundamental, porém o lanche da manhã, deveria ser providenciado pelos pais ou comprado na cantina da escola.

Como Matheus era muito pequeno ainda, optei pela primeira opção e comecei enviando lanches bem industrializados, com sucos de soja de caixinha e biscoitinhos salgados ou recheados, tipo waffer.

A variação era quase nenhuma e ao longo do tempo estava observando que cada vez mais os itens que ele queria levar iam ficando mais e mais restritivos. Nessa época, ele havia feito exames de sangue e acusou colesterol alto.

Isso me incomodava muito, mas sempre coloquei desculpa na falta de tempo, no fato que ele aceitava pouquíssimas opções (inclusive as industrializadas) e também não sabia como fazer essa mudança na alimentação dele.

#4 Como ajudar seu filho a se alimentar melhor

Até que um  dia, uma amiga curtiu uma publicação da Carolina no seu perfil, o Lanchinhos e também apareceu no meu feed do Facebook a sua publicação. Quando vi aqueles lanches lindos, comecei a segui-la imediatamente.

Passei a acompanhar muitos lanches saudáveis e lindos, exalando amor e cuidado em cada um deles, e tudo que vi foi extremamente inspirador.

Era tudo o que eu precisava para promover essa mudança.

Mostrei para o Matheus no mesmo dia os lanchinhos da Carol e nesse mesmo dia firmamos um acordo entre mãe e filho: eu me comprometeria a mandar lanches mais saudáveis e lúdicos, e ele se comprometeria a experimentá-los diariamente, sabendo que mandaria até mesmo coisas que ele nunca havia comido.

E assim começamos nossa história.

Para selar esse compromisso, criei o IG Lanchinhos do Matheus, que iniciou com outro nome, mas ali começava a nossa mudança, e ali eu me comprometia publicamente a postar diariamente o lanche escolar que eu havia me comprometido com ele.

Aos poucos fui me informando mais, procurando outros IGs com conteúdos afins, procurando cada vez mais retirar os industrializados da lancheira e colocar mais opções caseiras.

Isso me fez entrar mais na cozinha e ter habilidades que antes não possuía: acordar mais cedo para preparar o lanche, dedicar parte dos finais de semana para preparar algumas receitinhas, buscar dicas de lanches mais práticos, até mesmo itens para deixar a lancheira mais atrativa e bonita. Enfim, tudo isso fez parte dessa mudança.

Para o Matheus não foi algo muito fácil!

Por várias vezes o lanche voltou como foi e quando perguntava o que ele havia comido, dizia que só havia bebido água durante toda a manhã. Isso me deixava angustiada, mas não foi motivo para que desistisse.

A gente conversava, explicava a importância que essa mudança ia trazer para saúde dele e para construção de hábitos alimentares mais saudáveis e continuamos tentando.

Aos poucos alguns resultados chegavam: descobriu que gostava de uvas e que um pãozinho de batata doce é delicioso, e o leque de opções foi abrindo.

Saber que esse leque de opções são saudáveis, que estamos oferecendo o melhor para nosso filho, feito com todo amor e carinho por nós, não tem preço!

#5 Como estão as coisas atualmente

Hoje em dia, a quantidade de alimentos que foram inseridos na rotina dele está bem mais ampla, descobriu que gosta de muitas coisas que antes sequer experimentava.

Ele tem uma consciência do que é saudável muito forte, influenciado também pelas escolas pelas quais passou, sempre com cardápio elaborado por nutricionistas.

Hoje ele almoça e faz o lanche da tarde na escola e estamos trabalhando juntos para que nesses momentos ele também consiga fazer escolhas mais abrangentes.

E assim seguimos, cada dia uma nova conquista! Ah… e o colesterol que era alto, já conseguimos melhorar e sair desse nível.

Ainda não chegamos ao nível desejável e a pediatra acredita que no caso dele há uma predisposição genética que influencia bastante, mas estamos progredindo, e isso já é uma grande conquista!

#6 Gratidão

Fico muito grata com o convite feito pela Edilene para participar nesse espaço e contar um pouco da nossa história. Que mais mamães, papais e responsáveis se inspirem e promovam também essa mudança tão importante na vida dos seus pequenos!

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