Quando me descobri grávida – por Carla Noveli

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Abrir espaço para novas descobertas, novas histórias e trocas de informações, é o perfil do Blog! Isso porque considero que cada informação diferente, acrescenta um pouco na vida de alguém que passe por situação semelhante.

Também não acho que nada acontece por acaso, então, se esse e outros textos daqui chegaram até você, é porque podemos nos ajudar de alguma forma.

Pensando nisso, convidei minha amiga Carla Noveli para contar um pouco da sua história como mãe do Gab, pela surpresa da gravidez, por ser mãe solteira, de primeira viagem e ainda em busca da maternagem perfeita, como ela própria se intitula.

Além disso, ela tem um histórico de superação quanto à convivência com o pai do Gab que vale a pena ressaltar, pois é preciso muita maturidade para reconhecer as necessidades da criança e sobrepô-la à nossa, como mãe.

Carla atualmente trabalha com confecção de slings e quem quiser adquirir, é só acessar a fan page da Slingaria.

Carla, a história é sua e quem se delicia com a leitura somos nós! Obrigada por ter aceitado o convite e convido todos a acompanhá-los no Blog A mãe do Gab, no facebook e instagram como @amaedogab. 

Aos 34 anos, eu achava que não teria mais filhos. Eu sempre adorei crianças, mas não tinha nenhuma perspectiva de “relacionamento sério” e sabemos que num dado momento o fator idade começa a contar. Além disso, eu não me sentia preparada para ser mãe e eu nem tinha certeza se queria trazer um inocente a esse mundo tão louco! Mas, aconteceu!

Quando me descobri grávida eu sabia (por histórico) que não teria o apoio do pai do meu filho.

E assim foi.

Entretanto, quando o Gabriel nasceu, eu não estava sozinha. No momento em que ele veio ao mundo, ao meu lado, estava uma pessoa que cruzou meu caminho, não por acaso, e que para mim será especial pra sempre, minha doula Mariana.

Antes disso, nas minhas consultas de pré-natal, nas ultrassonografias, nos exames e até nos cursos de preparação para o parto, nunca estive sozinha! Havia sempre alguém ao meu lado, geralmente minha sempre companheira mãe, algumas vezes alguma amiga, noutras meu irmão.

Nunca me senti sozinha ou triste por não ter o pai do meu filho junto. Claro que gostaria que a situação fosse diferente. Que o pai dele fosse também meu par, meu companheiro. Nunca pensei que seria “mãe solteira”. Mas, não era o caso, então, não tinha porque sofrer!

Com exceção de uma única ocasião em que fiquei muito triste e abalada (a única vez em que encontrei e conversei com ele durante os 9 meses), tive uma gestação muito feliz!

Após o nascimento do meu filho tive que tomar uma decisão: ou deixava essa história de pai pra lá para que um dia, quem sabe, os 2 resolvessem entre eles (talvez num desses programas  de TV patéticos onde o pai velho e arrependido quer conhecer o filho e blá blá blá) ou eu incorporava a pessoa evoluída e passava por cima de toda falta de consideração dele por mim (depois de todos os momentos bacanas que vivemos antes) e tentaria uma conversa amigável.

Fiz a segunda opção pensando somente no meu filho.

Acredito na importância da relação pai e filho e nunca, jamais, dificultaria isso. Desde o início deixei muito claro que minha casa estaria de portas abertas para ele, mas que ele não viesse somente por obrigação!

Ainda não existe uma relação afetiva entre eles. O pai nunca vem para vê-lo! Vem em casa uma vez por mês, sempre correndo, para me trazer a “pensão”. Muitas vezes o Gab está dormindo e nem o vê. Noutras ele o vê e quando o pai brinca com ele, ele chora. Claro, pra ele é só um estranho!

Eu tenho esperança que as coisas melhorem. Que eles tenham uma relação bacana num futuro próximo!

Penso naquelas mulheres que estão nessa situação sozinhas! Eu tive todo o apoio da minha família, mas tudo teria sido muito difícil pra mim se não tivesse!

Pra quem está passando por uma situação assim eu digo: viva intensamente sua gestação! Curta muito! Não se deixe ficar triste! Nenhum outro sentimento pode ser maior do que gerar uma vida! É tão sagrado e maravilhoso! Deixe os outros assuntos pra depois que o bebê nascer! Mas, não deixe de ir atrás dos direitos do seu filho (conselho inclusive dado por 2 amigas advogadas). Ele tem o direito de saber sua origem, sua história! De ter o nome do pai na certidão de nascimento! É importante (será para ele)! Não abra mão da pensão, seja o valor que for! E tente ter (na medida do possível) uma boa relação com o pai.

De resto, é a vida que vai levar… Cada situação, cada necessidade, cada erro, cada acerto. Eu estou levando assim, procurando não pensar muito como serão as coisas. O meu papel de mãe eu to fazendo com muito amor, diariamente. Não é fácil, não! O dia-a-dia é cansativo! Ter que educar, dar exemplo pra tudo! Passar a noite em claro preocupada com uma febre! Ser mãe em período integral, sem folgas! Ter que se virar mesmo!

Fico só observando: ser pai de fim de semana é muito fácil, né? Conheço vários “paizinhos” assim! Vai lá, pega o filho, leva no Mc Donalds e acha que tá fazendo o papel de pai…

A gente colhe o que a gente planta. Então, se o amor for semeado, será colhido amor. As crianças crescem tão rápido, e a vida é tão efêmera que eu só lamento o pai que perde tudo isso! O tempo não volta! Então, quanto antes o vínculo se estabelecer, melhor!

Ah! Sobre ser “mãe solteira”, um dia uma amiga me disse: “Não existe esse negócio de mãe solteira. Mãe é mãe!”. E pensando bem, é verdade!  E digo mais! Não existe amor comparável ao amor de mãe! Por isso acho que todos os seres humanos deveriam gestar e conceber um filho. Acho que o mundo seria bem melhor!

 

 

 

 

 

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