Mãe do mês entrevistada é…

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Para este mês Abril preparei uma surpresinha para aqueles seguidores que não conhecem muito a meu respeito: a mãe do mês entrevistada é……………………………………..              EU!

Quero contar para vocês coisas que poucas (ou só algumas) pessoas sabem e dividir as alegrias das minhas superações e da minha maternidade.

Vamos lá!

EDILENE antes de ser mãe

Meu nome é Edilene Gualberto Candido, nasci em 06.01.1980, no Município de Osasco. Sou natural de Carapicuíba/SP, filha de Cleonice Gualberto Coelho e José Carlos Candido.

Mãe entrevistada Edilene Gualberto IMãe entrevistada Edilene Gualberto IVMãe entrevistada Edilene Gualberto

 

  • Sou filha única de mãe solteira;
  • Meu pai morreu num acidente de carro quando tinha 4 meses e 18 dias. No mesmo acidente faleceram meus avós paternos e como meu pai era filho único, tenho poucas referências de família paterna;
  • Fui a única sobrevivente neste acidente. Sim! Eu estava no carro. Conto um pouco disto no post Há 35 anos eu renascia;
  • Minha mãe, que vivia em união estável com meu pai, nunca mais se casou;
  • “Não tive infância”, como diz meu marido. Sempre gostei do mundo dos adultos, lembro de poucas músicas, livros ou desenhos infantis da minha época e aprendi a gostar de coisas de crianças quando me tornei mãe;
  • Tinha muuuuiiiiito cabelo, fios grossos e bem cacheados;
  • Cresci dentro de salões de beleza (de uma amiga da minha mãe e depois do salão dela) e até hoje minha mãe é cabeleireira/maquiadora/depiladora e tem seu próprio salão;
  • Amante da fotografia desde os 11 anos de idade, quando minha mãe presenteou-me com a minha primeira máquina fotográfica;
  • Descobri que tinha o dom para escrever quando, na quinta série, uma professora escreveu numa redação: “Parabéns! Continue escrevendo que você irá longe”;
  • Fiz dança do ventre;
  • Fui “campeã” do concurso para dançar “na boquinha da garrafa” quando estava no segundo colegial;
  • Escolhi guardar dinheiro para dar entrada num carro e ser madrinha de casamento da minha madrinha ao invés de fazer a viagem de formatura no colegial;
  • Fui loucamente apaixonada por um homem casado quando tinha 17 anos;
  • Tirei habilitação assim que completei 18 anos;
  • Tive 6 empregos em 5 anos até perceber que meu caminho era trabalhar por conta;
  • Sou formada em técnico em Processamento de Dados, técnico em Esteticista e Direito;
  • Tive três grandes paixões e a terceira virou um amor lindo que se multiplicou por três. Estamos juntos há 14 anos e 4 meses, e no mês que vem completamos 13 anos de casados;
  • Sou muuuiiiito ciumenta e acho que perdi alguns namorados por isso;
  • Sou muito carente e sofro muito por causa de amigos (e de colegas que achava que eram amigos);
  • Nunca confiei nos homens e por isso achava que nunca casaria (muito menos, que teria filhos);
  • Um momento muito doloroso: quando tive que sacrificar minha cachorrinha, a Pity, que tinha 13 anos e sofria com tumores de mama;
  • Uma decisão muito difícil: me desfazer do meu cachorrinho Aramis que ganhei do meu marido quando a Pity morreu. Falei disto no post O Aramis e nós;
  • Tive uma gestação ectópica quando tinha 26 anos. Fiz uma vídeolaparoscopia e a trompa esquerda teve que ser retirada. Isto aconteceu porque estava com início de endometriose. Um ano de tratamento e consegui engravidar do meu primeiro filho;
  • Tornei-me esteticista, tirei a carteira da OAB, estudei para concurso público e montei meu próprio escritório de advocacia depois desta gestação ectópica;
  • Minha referência paterna apareceu quando tinha 27 anos. Através do já “falecido” Orkut, ele me encontrou, entrou no meu mundo e junto com sua ex-mulher fizeram uma diferença tremenda em minha vida: João, primo/meio irmão do meu pai, e Ivani, são pessoas que têm todo meu amor e gratidão.
Marcando as comemorações no mês das crianças, ADVINHAM QUEM É ESSA???🙈🙈🙈Outubro é o mês das crianças. Revivemos nossa infância através dos filhos, mas que tal mostrar como você era? Eles vão amar conhecer a versão pequena da mamãe ou do papai!Poste uma foto sua na infância, brincando e desafie seus amigos. Eu desafio a @coisasdalara @filhos_etc @aprendizadosdemae @maquinamae 😉 Usem a #TambemFuiCrianca ! 😘😘Mãe entrevistada Edilene Gualberto IIMãe entrevistada Edilene Gualberto III

EDILENE depois da maternidade

 

  • Sempre tive o desejo de sentir as dores do parto. Na minha cabeça, minha maternidade só seria completa se sentisse meu filho saindo das minhas entranhas;
  • Meu primeiro filho nasceu de cesárea. Estava com 39 semanas e 3 dias de gestação. Convidei alguns amigos para virem em casa no sábado a noite (tinha passado o dia chorando porque meu filho não dava o ar de sua graça e achava que teria que agendar uma cesariana). Jogamos até às 4h da manhã e às 5h acordei encharcada pelo rompimento da minha bolsa. Fui para a maternidade e por orientação do médico colocaram soro com ocitocina para aumentar a contração e dilatar (já que queria um parto normal). 4 horas de dores e nenhuma dilatação. Pedi pela cesárea e fiquei feliz pelo rompimento da bolsa, pois não tive que escolher uma data para meu filho nascer e contentei-me com a dores que senti;
  • Tive um pós parto maravilhoso, tranquilo e nada que acontecia de ruim era motivo para me entristecer. Meu filho era lindo, perfeito e sadio e nada mais importava, nem as noites mal dormidas;
  • Acreditava que meu filho seria aquilo que ensinássemos a ele, falaria e faria aquilo que ensinássemos e comeria aquilo que déssemos.
  • Aprendi que as crianças têm natureza própria, que alguns fatos sobre eles cabe-nos aceitar e tentar moldar para o bem;
  • O quarto momento mais lindo da minha vida foi acompanhar o nascimento do Caetano, filho dos meus amigos Christian e Cibele. Um parto humanizado domiciliar na água. Neste momento, decidi que meu próximo parto teria outro desfecho e sou muito grata a ela por ter permitido que participasse de um momento tão especial como este;
  • Como uma mulher muito racional, calculei cada momento do trabalho de parto do meu segundo filho, monitorando e querendo controlar a situação (como se um momento tão natural pudesse ser controlado por mim). Demorei 20 horas para chegar em 4cm de dilatação e pedi anestesia. Por volta da 1h da manhã minha bolsa rompeu, minha dilatação chegou a 7 cm e meu filho quase nasceu sozinho (quando dei por mim, as dores eram estranhas e ele estava coroando). Só temos a filmagem do seu nascimento (só a doula estava lá, além de mim, do meu marido e da médica), então, tive que aceitar que coisas naturais não tem como controlar, fotografar, analisar e calcular;
  • Descobri que cada gravidez (e cada filho) são realmente muito diferentes. Passei a segunda gestação mal humorada, tive um pós parto complicado e muitos medos e receios desta mãe de dois e como ela daria conta de tudo;
  • Por muito tempo me senti culpada por ter gerado dois filhos tão diferentes e perguntando o quanto isso seria complicado para eles: um branco, de olho claro e cabelo liso e o outro moreno, de olho escuro e cabelo ondulado (coisas que só mãe explica);
  • Outro momento muito difícil: viajei para Nova Yorque com meu marido e deixei as crianças aos cuidados da minha mãe quando eles tinham 5 e 1 ano. Viajei doente de tanto que sofri nos 3 dias que antecederam o embarque, mas foi maravilhoso, não tenho nenhum arrependimento e faria novamente (na época). Hoje não sei se quero viajar sem eles, pelo menos, não para um lugar que eles pudessem curtir com a gente e para ficar tantos dias fora;
  • Meu marido fez vasectomia, eu tenho uma trompa só, mas mesmo assim, tive o maior susto da minha vida: descobri que estava grávida pela terceira vez e ganhei o melhor e maior presente que Deus poderia me dar: a ESTELA. Aprendi mais uma vez, que coisas naturais e de Deus, não se controla;
  • Só com a terceira gravidez me dei conta do quanto preciso cuidar de mim: comecei a fazer pilates, passei a sair sozinha com amigas, fiz reeducação alimentar, mudei meus hábitos e procuro cuidar de meu corpo e da minha mente;
  • Minha realização plena em relação a trazer meus filhos ao mundo aconteceu com o nascimento da Estela: conversei com meu marido e disse que queria um parto domiciliar. Para mim era muito claro que ela estava vindo para completar este ciclo. Como já tinha parido anteriormente (e há menos de 2 anos) sabia que o segundo seria um parto mais rápido, então, era o momento certo. Estela nasceu debaixo do chuveiro, naturalmente, em sua casa. E o melhor disto: não precisei deixar meus princípes em casa enquanto trazia a princesa ao mundo. Ela nasceu às 8h e às 13h estávamos eu, ela e o Théo dormindo juntos!
  • Comecei a escrever este Blog e nunca imaginei o quanto gostaria disto. Descobri que existe uma “blogosfera” cruel e massacrante algumas vezes, mas que é possível sobreviver seguindo minhas convicções e mantendo meus pensamentos e propósitos iniciais: ajudar outras mães e famílias, e fazer algo que me dá prazer;
  • Comecei a fazer terapia há 1 ano e 3 meses, e percebi que mesmo com ela, não conseguia controlar meus ímpetos de nervoso, que as crianças, marido, casa e trabalho estavam me tirando do sério mais do que devia e procurei ajuda de um médico psiquiatra. A melhor decisão dos últimos tempos. A medicação é leve, sem efeitos colaterais, e me sinto outra pessoa, centrada, calma e que analisa as situações de maneira mais racional e controlada;
  • Meu marido tem passado mais tempo em casa e descobrimos que nosso amor supera muitos obstáculos e juntos temos a força necessária para alcançar tudo que precisamos para nós e para nossos filhos.
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 Agradecimentos

Hoje quero agradecer a Deus pela dádiva da vida, por estar viva e por ter dado a vida aos meus filhos.

Agradecer a cada um que dedica alguns minutos do seu dia a acompanhar-me diariamente nas redes sociais e aqui no Blog.

Agradecer você que se interessou e leu um pouco mais sobre mim neste post.

2.2Beijo grande com gratidão.

Edilene

 

 

 

 

4 COMENTÁRIOS

  1. Edi,
    Quanta coisa… Como adorei saber mais de você, sua vida é milagre… fiquei emocionada.
    Uma vida de superação, garra, luta e realização.
    Coisa boa celebrar a vida, uma nova vida após a maternidade. E eu fiquei aqui pensando, um casal e três crianças tão diferentes… personalidades e até fisicamente falando.
    Linda história de vida, linda família.
    Juntos superamos tudo!!
    bjss

  2. Edilene que relato o qual me faz admirar ainda mais você.
    olhando para trás e hoje como mãe, te vejo uma pessoa digna e de caráter.
    Realmente a blogsfera pode ser massacrante, mais aprendi a viver olhando para
    o que quero viver e aprender. E olha que lindo exemplo vejo aqui.

  3. Nossa Di, não sabia de sua história. Nossas vidas se cruzaram algumas vezes, e todas as vezes vi que você é uma pessoa de muita garra. Sempre a admirei. Acredito que você tem muito a fazer ainda por essa humanidade. Me orgulho muito de ser seu amigo. Um beijo grande. Renato ou “Dhalsim”

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