Olá gente querida! É chegado o momento de revelar quem foi a mãe entrevistada deste mês, um quadro que enche de alegrias o meu coração! Mãe do mês por Cíntia Ribeiro, uma história fantástica de fé, determinação e superação para atingir a tão sonhada maternidade. Mais uma entrevista com mães que inspiram.
A Cíntia deixa uma mensagem para todas as “tentantes” que me segue: “Desistir nunca, persistir sempre! Os seus sonhos serão realizados”.
Cíntia, muito obrigada pela sua participação. Adorei conhecer um pouco mais sobre você.
PESSOAL
Olá amigas seguidoras do blog. Hoje vou contar um pouquinho da minha história para vocês até chegar a tão sonhada maternidade.
Meu nome é Cíntia Cristiane Ribeiro dos Santos, tenho 37 anos, sou casada, professora e há 2 anos e 9 meses, mãe do João Victor.
Sou filha caçula de Jacira e Luiz João, e tenho dois irmãos: Sandra e Luiz Carlos.
Fui criada com muita luta e esforço dos meus pais que sempre batalharam muito para proporcionar o melhor para gente.
Não fiz a pré-escola, fui direto para a 1ª série numa escola pública na Zona Leste de São Paulo, onde fui criada. Minha professora se chamava Irene, uma senhora muito dócil que aprendi amar e respeitar, e que também serviu de exemplo para mim. Devo à ela a escolha da minha profissão, pois ficava encantada ao vê-la nos ensinar com tanto carinho e dedicação. Sou da época do ensino tradicional e aprendi a ler e a escrever pela cartilha “pipoca” (risos). Adorava silabar e ler as frases que vinham em cada tarefa conforme a família silábica.
Vivi cada minuto de minha infância: brincava de casinha, escolinha, soltava pipa, jogava bolina de gude e andava de carrinho de rolimã.
Como é bom voltar no tempo… Isso que era infância… Mais de tudo isso, o que eu mais gostava era quando reunia as crianças em minha pequena garagem, colocava uma pequena lousa na parede e começava a brincar de escolinha, era muito bom!
Pela minha mãe eu não teria escolhido ser professora, tanto que, quando fui para o colégio, ela me matriculou no colegial normal, mas eu não sosseguei enquanto ela não me transferiu para o magistério.
CASAMENTO
Em dezembro de 1999 me casei e fui morar aqui em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Meu esposo era viúvo e já tinha três filhos do primeiro casamento: Rodrigo (14), Monique Daiane (12) e Júnior (7). Ajudei a terminei a criação deles e hoje os mais velhos já são casados, cada um com dois filhos, e o mais novo, divorciado, mora conosco.
Apesar de ter exercido um pouco da maternidade terminando de criar os filhos do meu marido, sempre tive o desejo de ter o meu próprio filho. No momento em que casei decidimos esperar um pouco, até por conta das crianças mesmo, pois era tudo novo para mim e para eles e depois de dois anos depois decidimos que já era o tempo de parar e pensar em um bebê nosso.
TENTATIVAS PARA ENGRAVIDAR
Na minha cabeça engravidaria logo no mês seguinte, mas isso não aconteceu. Esperamos por um ano e nada. Então, decidimos procurar ajuda médica, tanto eu quanto meu esposo. Fizemos vários exames e não constou nada. A Dra. Cecília, minha médica, indicou um tratamento que fiz por, mais ou menos, dois anos sem obter resultado nenhum. Era só dor e sofrimento. Por várias vezes tive que ficar internada por causa desse tratamento, pois criavam cistos no meu útero e quando estouravam a dor era insuportável.
Nesse meio tempo também fui orientada a fazer a inseminação artificial, mas como não tinha condições para tentar particular, fomos atrás do público, mas em vão, pois nunca conseguíamos vaga. Minha tristeza só aumentava e o pensamento de que meu sonho nunca ia ser realizado também.
A igreja foi meu alicerce nesse período, que me deu muita força para suportar tanta dor, pois até o momento pensava que era incapaz de ser mãe e que tinha nascido para cuidar e ensinar filhos de outras pessoas, por isso a escolha da minha profissão.
Deus foi me mostrando que meu pensamento estava errado, que eu era capaz sim, mas tudo aconteceria no momento certo, mas, ainda assim, era muito ruim, e acredito que só não entrei em depressão porque tinha muita fé e apoio.
No ano de 2006 comecei a trabalhar em um colégio particular (Colégio Agostinho) como auxiliar de sala e no ano seguinte assumi uma sala do ensino fundamental. Em janeiro de 2009, quando me preparava para assumir uma sala de primeiro ano, a diretora e a coordenadora me chamaram para dizer que a professora da intitulada Agrupada II (crianças de 2 a 3 anos) havia pedido demissão e pediram para que eu assumisse essa sala.
A princípio fiquei desesperada, pois tinha pouco experiência na educação infantil, porém, Deus sabia o que estava fazendo e essa turminha me ocupou de uma forma que eu até me sentia um pouco mãe deles. Toda dor, toda tristeza e toda angústia foram curadas e me dava forças para continuar cada dia mais.
Foi aí que conheci Edilene, autora desse Blog, pois fui a primeira professora do José Carlos, seu filho mais velho.
PROCESSO DE ADOÇÃO
Quando percebi a demora para engravidar, eu e meu marido decidimos adotar uma criança, algo que já havíamos conversado desde que casamos. Fomos até o Fórum para saber qual o procedimento, preenchemos alguns papéis, fizemos exames, passamos por consultas psicológicas, recebemos visitas da assistente social e após um ano meio nesse processo conseguimos entrar para a fila de adoção. E mais uma vez Deus agiu e colocou um anjo em nossas vidas para nos auxiliar nesse processo: a Edilene, que ao saber que necessitava de um advogado, prontamente se colocou à disposição para me ajudar. Que Deus abençoe a vida dela.
SONHO ALCANÇADO – JOÃO VICTOR
Em 2011, dia 23 de novembro, estava dormindo e acordei passando muito mal. Meu coração estava super acelerado e estava sufocada. Fui levada ao pronto socorro, onde fui diagnosticada com taquicardia. Após ser medicada, fiquei em observação e após algumas horas fui liberada. Porém, ao chegar em casa passei mal novamente e retornei ao pronto socorro, foi quando os médicos decidiram me internar. Fiquei um dia na UTI e dois dias no quarto e comecei a fazer um tratamento para controlar os batimentos cardíacos.
Como passei mal e entrei em crise dormindo, não conseguia mais dormir, e foi então que minha cardiologista decidiu me passar um remédio para síndrome do pânico.
Fiz o tratamento certinho, mas nunca aceitei essa síndrome na minha vida. Nesse momento esqueci um pouco a questão de engravidar e me preocupei mais com a minha recuperação, foi quando, passados mais ou menos um mês e meio de tratamento, uma irmã de igreja me chamou e perguntou se ela poderia orar por mim, e nessa oração ela dizia exatamente assim: “O Senhor está cavando um túmulo e tirando de dentro dessa sepultura o seu sonho”.
No outro dia fui trabalhar normalmente e no fim do expediente havia marcado comecei a fazer academia, mas nessa noite comecei a sentir fortes dores no pé da barriga. Achei muito estranho, pois o normal seria sentir dores nos braços, nas pernas e não naquela região da barriga. Imediatamente lembrei da oração no domingo e junto com uma amiga, a Monica, comprei um teste de farmácia, que, para minha surpresa, deu positivo. Foi uma mistura de sentimentos, pois estava me recuperando e tomando medicamentos fortes. Chamei meu marido, mostrei o teste e ele não conseguia acreditar. Tamanha era sua alegria. Me fez comprar outro teste, fazer exame de sangue e até ultrassom e só assim acreditou na benção que havíamos recebido.
Marquei a primeira consulta de pré-natal e também um retorno com a minha cardiologista que acabou suspendendo todas as medicações. Minha cabeça foi a mil porque acreditava que não ia resistir sem as medicações.
Quase dois meses depois recebemos um telegrama do fórum nos convocando para uma reunião. Chegando lá a assistente social nos comunicou que havia duas crianças para serem adotadas e que nós éramos os próximos da lista. Ficamos muito felizes, pois nossa felicidade estaria completa. Porém, ao informar da gestação à psicóloga, fomos convocados para outra entrevista e nos disse que era melhor esperarmos, pois como estava grávida ela acreditava que não seria o momento. Ela levou o caso à Juíza que concordou e não nos concedeu a adoção no momento. Foi muito triste, mas depois conseguimos entender que era o melhor a se fazer mesmo.
Bom, tive uma gravidez abençoada, somente no finalzinho tive uma pré-eclâmpsia e com 38 semanas, após uma ultrassonografia, os médicos decidiram fazer meu parto. No primeiro momento tentaram uma indução, mas sem resultado, então decidiram fazer uma cesárea e aos 21/09/2012 às 12h09 pude contemplar o milagre de Deus na minha vida: nasceu o meu amado e tão esperado filho João Victor. Um menino lindo que nasceu pesando 3.110kg e medindo 48cm.
Foram 10 anos de espera, muita angústia, muita dor e muito sofrimento que foram totalmente compensados no instante que olhei para ele.
Começou, então, as descobertas… Ser mãe não é uma tarefa nada fácil, cada dia é um aprendizado, uma experiência nova que venho superando a cada dia. Às vezes penso que não vou dar conta de tanta responsabilidade, mas tenho vencido um leão a cada dia… Ufa (risos).
Brincamos, rimos e choramos juntos. Canto, danço, pulo e me divirto muuuuuuuuuuito. Hoje o que mais estou gostando de fazer com ele é a aula de natação, que ele ama.
Com ele não há rotina, não há tempo para tristeza, pois ele está ali sempre ao meu lado, me ajudando em tudo. Ah! Como é bom ouvi-lo falando “mamãe”, fazendo o gesto do coração com a mão dizendo “te amo”.
Não abro mão desse amor por nada na vida e passaria tudo de novo para ver esse sorriso lindo ao meu lado….
Filho te amooooooo muuuuuuito!!!!
Espero que gostem da minha história e que sirva de exemplo para muitas mulheres que têm dificuldade para engravidar.
Um grande abraço!
Cíntia
Linda história Cintia. Me emocionei lendo seu exemplo de dedicação e determinação.Parabéns pela vitória.
Obrigada por seu comentário, Sidneia! Certamente, é um lindo relato de conquista e vitória.