No post passado a Dani Kalsovik, mamãe do Antonio, contou pra gente como foi a chegada a Londres e tudo que enfrentaram no aeroporto no Brasil, voo e chegada. E hoje ela nos conta como foi estar lá: chegaram em Londres! E agora?
E para quem perdeu, no primeiro post ela nos contou como foi a mudança, saber da transferência do marido enquanto grávida, contar para a família, definir data da viagem, entre outros detalhes!
Como foi estar lá nos primeiros dias, suas sensações, diferenças, e principalmente, a escolha do bairro que iam morar, tudo pra gente ter uma ideia real de como é chegar num país diferente, que você não conhece e com um bebê de cinco meses!
Boa tarde, mamães!
Hoje vou contar para vocês sobre nossos primeiros dias em Londres e como escolhemos a cidade em que moramos atualmente.
Do aeroporto de Londres fomos direto para o apartamento que a empresa que meu marido trabalha alugou pra gente. Lembro de ter chegado às 15h e já estar escurecendo, essa foi uma das coisas que mais nos preocupava, pois aqui em Londres no inverno escurece muito cedo, e esse horário já estava tudo escuro, tipo 22h no Brasil! Uma tristeza.
Li bastante sobre como isso é ruim, triste e que dá uma certa depressão nas pessoas o dia ser muito mais escuro do que claro.
Assim que chegamos no apartamento, já deu uma dorzinha no coração: o bairro não era tão legal e o apartamento apertadinho e sem janelas, mais triste ainda. Escolhemos aquele bairro, pois era uma das opções para morar, mas já no primeiro dia riscamos ele da nossa lista!
Nos dias seguintes saímos para conhecer as outras opções de local para morar, meu marido começaria a trabalhar na outra semana, então, precisávamos correr com essa decisão.
Cada dia íamos para um lado, estávamos com um carro alugado e saímos o dia todo atrás do lugar ideal. Não queríamos um bairro triste e quieto, pois como não pretendo arrumar um emprego enquanto estiver fora do país, queríamos um bairro que tivesse vida e fosse legal para o Antonio, afinal, vamos ficar aqui, no mínimo, três anos!
Cada dia uma decepção nova (risos): o povo aqui gosta de morar no meio do nada, sem barulho, sem gente, num monte de fazendas e casas afastadas. Deus que me livre! Londres já tínhamos tirado da nossa lista, além de ser caro, casas com quintal para as cachorras são quase inexistentes por lá, então, começamos a visitar cidades ao redor dela, até que resolvemos ir ao litoral.
Qual seria o problema? Papai trabalha fora de Londres, trinta minutos do litoral, Londres fica há uma hora de distância. Ok! Vamos conhecer.
Já na entrada o coração pulou! Papai me olhou com carinha de “tô gostando” e estacionamos o carro. Foi amor à primeira vista! Aquele mar, aquele sol, aquelas pessoas jovens, sorrindo, curtindo o fim de tarde, bebendo seu vinho na praia, passeando pelo píer.
“Amor, pelo amor de Deus, quero morar aqui”, disse ao meu marido. E foi assim que escolhemos Brighton, nosso amorzinho. ❤️
Voltamos para casa saltitantes. Papai é lunático por pesquisas e planilhas, chegamos no apartamento e ele foi logo procurar casas, eu fui pesquisar a cidade e já mandamos e-mail pra empresa que estava procurando casas pra gente, avisando que queríamos Brighton e que não precisava mais procurar em outras cidades.
Meu marido começou a trabalhar e eu fiquei no apartamento, os dentes do Antonio começaram a nascer, e eu mal conseguia comer. Passei dias sem sair de lá, ia no mercado de vez em quando, mas nada demais! Pra ajudar, o chão era de madeira e rangia a cada passo, ou seja, se quisesse o Antonio dormindo, não podíamos caminhar pelo apartamento que era quarto e sala, minúsculo (risos). Foi terrível! Jamais vou esquecer da gente andando por cima dos sofás pra não pisar naquele chão desgraçado (risos). O que salvava era saber que tínhamos certeza de onde queríamos morar, porque ficar num apartamento, de trinta metros quadrados, escurecendo às 3 horas da tarde, -5 graus lá fora, era de desanimar qualquer um.
Cansamos do climão daquele apartamento e pedimos para a empresa nos mudar para um apartamento em Brighton, demos a desculpa que queríamos ir nos adaptando à cidade e eles aprovaram, graças a Deus!
No próximo post contarei para vocês sobre a procura da nossa casa ideal e nossa saída do apartamento macabro e barulhento (risos).
[…] No post anterior, a Dani Kalsovik, do @gravidinhah, nos contou como foi a chegada em Londres e a escolha da cidade onde morar. […]