Boa tarde pessoal! Final do mês chegando e junto com ele, mais um “Mãe do Mês” aqui no Blog: entrevista do mês com Cléo Gualberto.
Neste mês em que ela completou 60 anos, a convidada para dar entrevista foi a minha mãe, a minha mãe do mês, uma mulher guerreira, dedicada e determinada, Cleonice Gualberto Coelho, que deliciou-se com todos os encantos da maternidade, mesmo tendo tido apenas uma filha (EU!).
Cabeleireira, apaixonada por sua profissão, dona do espaço Cléo Arte e Beleza em Carapicuíba (cidade da Grande São Paulo), conta pra gente uma história de pura emoção, que envolve sua trajetória de vida (e a minha, claro).
Meu agradecimento a ela, por ter aceitado esse convite e, principalmente, por ter me feito a pessoa que sou.
Conheçam um pouco mais da nossa história e espero que deliciem-se com a leitura!
Acredito que já fui crescendo com instinto de ser mãe.
Minha infância foi numa pequena cidade no interior do Paraná. Morávamos num pequeno sitio e por conta da pobreza que vivíamos, minhas bonecas eram as espigas de milho da plantação do meu pai, que mal começava a dar frutos, escondida dele, arrancava e as fazia de filhas.
Veio a adolescência e persistia uma imagem de que teria muitos filhos, mas a realidade mostrou que não poderiam ser tantos assim, mas permaneceu o desejo de ter uma família. Até o dia em que encontrei aquela pessoa que eu disse: é com esse que vou construir minha família e ter meus filhos.
Mas, junto com isso, veio um medo, pois passado algum tempo sem as devidas precauções, a sonhada gestação não vinha, então, vamos ao tratamento! E após um ano, fui liberada pela médica e logo vi que meu sonho tornava-se realidade: estava grávida.
No terceiro mês, um susto enorme e um princípio de aborto, que felizmente, passados quinze dias de repouso, tudo volta ao normal, com uma gravidez perfeita. Era uma mulher apaixonada, com 25 aninhos e cheia de vida, contando dia e mês para o nascimento do meu bebê (menino ou menina, já que naquela época não tinha a mesma tecnologia para descobrir o sexo).
Passou tão rápido… E logo chegou o dia 6 de janeiro, ano de 1980, dia em que chegou aquela em que tornaria nossas vidas mais felizes.
E no dia 9, deixava o hospital com meu maior e melhor presente de aniversário: minha filha, que tinha um pai e avós loucos de felicidade com a sua chegada.
Mas, minha felicidade de família durou apenas 4 meses e 15 dias… Foi esse o tempo que Deus me deu para curtir a família que eu acreditei que seria longa e grande, com pelo menos mais 2 filhos. No dia 24 de maio daquele mesmo ano, minha felicidade foi interrompida (por um tempo, claro, mas naquele momento, foi).
Foi preciso um tempo para renovar minha força, mas logo consegui agradecer a Deus por ter poupado, naquele trágico acidente em que 3 adultos morreram, a vida do único ser que me manteria em pé: minha filha.
Junto com toda a tragédia, vem uma trajetória acompanhada da ajuda da minha família, principalmente, da minha irmã mais velha, Cleide, minha mãe, que Deus levou há alguns meses, e uma cunhada, a Lurdes. Com a minha filha um pouco maior, minha irmã caçula, Solange, era quem ajudava nos cuidados.
Sempre fui muito privilegiada, cercada de pessoas incríveis, familiares e amigos, que foram me ajudando a superar essa perda tão dolorida.
E o tempo, com certeza, sempre foi e será o melhor remédio, para tudo: vi minha filha crescer, saber que era o fruto do maior amor do mundo, e acreditar, como sempre acreditei, que Deus opera milagres.
Optei por cuidar e educar minha filha sozinha, não casei novamente e não tive outros filhos, e não me arrependo. Posso garantir que sou uma mãe realizada, que tem o maior orgulho dessa menina que fez com eu tivesse forças para continuar com meu compromisso aqui na Terra.
E mais tarde, ela trouxe pra gente aquele filho que eu não tive e com ele estão formando a família que sonhei ver um dia.
Hoje apresento para vocês: Paulo Henrique, Edilene, José Carlos, Théo e Estela.
E dedico todo meu amor e minha gratidão à Deus e àquele que, com certeza, em algum lugar, pode ver os frutos daquela sementinha que ele plantou quando passou por aqui.
Parabéns pela linda história. Vc é uma guerreira Cléo.
Bjs com muito carinho, Rê.
Grande mulher… Cle é aquela pessoa que sempre quer o melhor para todos…grande mãe, amiga. Só posso desejar muitas alegrias e que Deus abençoe sua linda família.
Essa é minha amiga. História comovente e que na verdade seria mesmo um livro. Guerreira e mãe dedicads. Ufa que sufoco! Hoje tem ao seu lado mais presentes enviados por Deus. Quantas bênçãos hein amiga. Amo você e toda sua família. ..bj
E as lágrimas foi impossível de segurar,te amo e me orgulho de te-la como tia/amiga/mãe postiça…bjs
Edi impossível n chorar a história da sua mãe e triste mas faz com que a gente tenha maid força p continuar lutando. .. uma mãe admirável
E tem como não chorar??? Coisa mais linda essa guerreira! Sempre sorridente, alegre e falante! Ninguém diz pelo que já passou.
Que Deus multiplique seus anos nessa terra, Cléo, e te dê muita saúde e felicidade! Bjusss
Me fez chorar. .. Mesmo conhecendo a história, essa é uma história de vida linda! De muita luta e muito amor. Tenho orgulho de ter esta mulher como amiga! Te amo Cleo!
Linda historia de vida.Muito emocionante!!!!!!!