O tempo passa e os filhos crescem rápido demais

0

“O tempo passa e os filhos crescem rápido demais” é um texto que remete ao tempo em que o primeiro filho nasce. Um amor tão grande, dúvidas tão grandes, sensações tão grandes, sentimentos tão grandes. Um misto de euforia, com dor, alegria, medo e insegurança, como neste texto escrito pela Shirley Hilgert, “Ser mãe dói“.

Todas as certezas desaparecem quando nasce um filho e percebe-se que nada é certo, nada é verdadeiro, nada é exato, a não ser o amor e a responsabilidade de ter colocado uma criança no mundo.

E aquela amamentação perfeita, aquela noite de sono de várias horas, aquele bebê que adora carrinho, que brinca sozinho, que deixa você trabalhar de casa, que cresce educado, obediente, carinhoso… Onde isso tudo vai parar?

E quanta frustração, agonia, horas que demoram a passar (dia ou noite). Aquele seriado preferido, aquela conversa de uma hora ao telefone com uma amiga, aquela escapada no fim da tarde para um café na padaria, aquele banho de meia hora, levantar da cama meio dia no domingo, aquele compromisso que pode ser marcado a qualquer dia e a qualquer hora, eles não pertencem ao mundo da recém mãe.

Mas, em contrapartida, ela aprende de cor e salteado as músicas dos Backyardigans, Peppa, Galinha Pintadinha, e Patati Patatá; assiste todos os filmes infantis (e gosta!); aprende também que lugares com espaços infantis são do tipo que “não têm preço”; que seis horas seguidas de sono ou dez minutos de banho ininterruptos podem ser tão relaxantes quanto uma massagem; ou ainda, que comer um prato de comida inteiro, sem parar, é tão saboroso quanto uma refeição naquela cantina que já não vai há um bom tempo.

Só que os filhos vão crescendo, vão ganhando independência e começam a entender algumas coisas, criam independência, assistem e brincam sózinhos, e um peso vai saindo das costas. As mães voltam a respirar, já conseguem tomar banhos, ter noites de sono e refeições ininterruptas (claro que não todo dia! – risos), consegue programar uns compromissos, umas consultas médicas, uns cursos, e percebem que nada dura para sempre, nem para o bom, nem para o ruim!

Percebem que os filhos crescem e criam asas! Não serão dependentes para sempre, não assistirão desenhos, não acordarão durante as noites e não caberão em nossos braços para sempre… E por mais saudoso que seja saber disso, ainda assim, é confortante saber que teve a oportunidade de acompanhar cada etapa desta evolução e que no dia em que eles definitivamente não dependerem mais dela, a consciência estará tranquila de que em cada momento estave lá.

Por isso, o tempo passa e os filhos criam asas, e as mães lembram saudosas e felizes do quanto tudo isso valeu e vale a pena!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.