Sentimentos de mãe não se explicam, sentem… E eles podem, claro, serem totalmente contraditórios. Por isso, hoje, confesso para vocês que sinto contradições de mãe com o fim das férias.
São tantos planos, tantas vontades, tantos anseios
Que não nos damos conta do tempo que passou e do pouco que fizemos
Consumidas pelo afazeres que não se esgotam
Vemos o tempo, tão escasso e ligeiro, correr por entre os dedos
Percebemos tudo que podiamos ter sido feito
Mas, quantos momentos não aconteceram
Quantas brincadeiras foram interrompidas
Quanto carinho, afagos e abraços, se perderam
A ansiedade pelo trabalho não realizado
A angústia pelo telefonema impossibilitado
A necessidade daquele tempo sozinha não disponibilizado
As férias começaram e terminaram
A rotina renasce, o trabalho se ajeita, as horas voltam a ser computadas
E acabam aqueles pijamas e meias o dia o todo
Aquele levantar da cama descompromissado
Aquele almoço sem hora para sair
Aquele lanche que atrapalha a refeição sem problemas
Aquele filme sem hora para acabar, já que não há hora para levantar
E vem a pergunta que não quer calar: o que realmente, dessa vida, vale a pena levar?