Expectativa x realidade
Um dia você trouxe ao mundo um ser tão pequeno, tão dependente e sente por ele um amor tão grande que jamais poderia supor que seria capaz de sentir. Como cheguei no terceiro filho, eu sei que algumas coisas logo passarão, então, faço questão de embalar minha filha para dormir.
Esse ser, aos poucos, rouba suas horas de dormir, de comer, de ir ao banheiro, de fazer as unhas, enfim, sua vida é guiada e controlada por ele (sobre isso, leia aqui o post “As fases dos bebês e a rotina das mães”).
Num determinado momento você percebe que sua expectativa pré concepção é bem diferente da realidade: o cansaço bate, os braços, a coluna, as pernas, tudo dói, e você começa a procurar ajuda para minimizar isso: manuais, livros, posts, amigas, revistas…
Mas, o pior de tudo é que bate uma ansiedade como se isso nunca mais fosse passar! E o sono dessas crianças? Meu Deus! Nos dá a sensação de que serão anos eternos embalando, chacoalhando, andando de um lado para o outro com um bebê no colo!
Você descobre, então, que alguns bebês são treinados e as mães juram que funcionam: na introdução alimentar, para dormir a noite toda ou para dormir sozinhos quando colocados no berço acordados, entre outros, e é sobre o dormir sozinho que vim conversar hoje com vocês!
Os manuais e o sono da criança
Vejam que longe de mim dizer que os manuais e livros em geral não nos ajudam. Ajudam, sim! Já li e leio muita coisa para me ajudar no dia a dia com as crianças, mas tem coisas que a gente só aprende ou percebe vivendo!
Você lê uma dica de sono e mobiliza a casa, o marido, as visitas, o cachorro, papagaio e periquito para criar uma rotina de treinamento onde seu bebê dormirá sozinho quando colocado no berço. Parece a sétima maravilha, certo?
Você aguenta longos minutos de choro, ou aguenta longos minutos do lado de fora da porta, observa pela babá eletrônica, ou espera sentada numa poltrona dentro do quarto por horas, tudo até que a criança aprenda que naquele momento ela tem que dormir sozinha (vejam, eu fiz quase tudo isso com o meu primeiro filho!).
Algumas vezes você tem sucesso, outras não. Umas vezes você fica feliz, outras se frustra… Mas, a ansiedade não lhe deixa perceber que todo bebê é único e que há um tempo para tudo nessa vida!
Essa mesma ansiedade não consegue te mostrar que tudo isso é transitório, que seu filho vai crescer e que um dia você olhará para trás e perguntará: o que eu fiz daquele tempo em que ele cabia nos seus braços? Porque, com o tempo, por mais força que você tenha, por mais que você tente ou se esforce, jamais conseguirá embalá-lo de novo para dormir!
Dica de mãe de terceira viagem para mãe cansada e ansiosa
Se seu filho nasceu há pouco tempo, o cansaço chegou, a ansiedade bateu e você aceita a opinião de uma mãe de terceira viagem, preste atenção: isso vai passar! Ele vai aceitar a mamadeira, ele vai comer, ele vai dormir a noite inteira e vai dormir sozinho. Logo, muito em breve! Acontece naturalmente.
Mas, o que você faz até que isso aconteça? Aproveita, curte, embala, abraça, beija, dorme coladinho, coloca na sua cama… Logo você vai querer fazer isso e não poderá, seja pelo tamanho da criança, porque ele não quer mais, ou qualquer outro motivo!
Essa é a dica de uma mãe nostálgica (no texto em que falo das fases do bebê, mencionado acima, também menciono minha nostalgia de mãe – leia aqui) que não pode mais fazer seus filhos de 7 e 3 anos dormir embalando em seus braços, nem quando estão doentes, porque seus braços já não dão mais conta, e por isso, embala tudo que pode sua caçula que tem 1 ano!
Beijinhos.
Edilene
Ficou lindo Di!!!
Amei!
[…] a linha do meu último texto (Porque faço questão de embalar minha filha para dormir – leia aqui!), falando sobre nossa ansiedade como pais e mães, mas relacionado à orientação quando nos […]